sexta-feira, 14 - novembro 2025 - 10:41

Moraes autoriza Medeiros visitar Bolsonaro em prisão domiciliar


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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou o deputado federal José Medeiros (PL) a visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar em Brasília. A decisão, publicada nesta quinta-feira (13), libera a entrada do parlamentar entre 9h e 18h do dia 2 de dezembro. Outros 12 políticos também foram autorizados.

O pedido partiu do próprio Bolsonaro e ocorre em meio às definições internas do PL para as eleições de 2026. A expectativa é de que Medeiros receba orientações sobre a disputa ao Senado em Mato Grosso, após novas sinalizações do ex-presidente sobre suas preferências no estado. Nas últimas semanas, vieram à tona informações de que Bolsonaro estaria inclinado a apoiar o governador Mauro Mendes (União) ao Senado, além de demonstrar simpatia pelo nome do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) na briga interna com o senador Wellington Fagundes (PL).

O encontro, no entanto, também deve abordar a crise aberta entre Mendes e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A troca de acusações elevou a tensão no grupo bolsonarista. Eduardo chamou Mendes de “frouxo”, “covarde” e “político bosta”, após o governador afirmar que o parlamentar teria “enlouquecido” nos Estados Unidos e estaria “falando merda”. Em entrevista à Jovem Pan News, na quinta-feira, Eduardo afirmou que não permitirá que o governador conquiste uma vaga no Senado com votos do bolsonarismo de Mato Grosso.

Para Medeiros, a visita representa uma oportunidade de consolidar seu projeto ao Senado. O deputado foi preterido por Bolsonaro em 2020, quando o ex-presidente apoiou a então candidata Coronel Fernanda (PL), e novamente em 2022, quando manteve o apoio à reeleição de Wellington Fagundes. Agora, Medeiros desponta como principal nome do ex-presidente para 2026.

Além do parlamentar mato-grossense, Moraes também autorizou a visita de outras lideranças próximas a Bolsonaro, entre elas os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Ronaldo Caiado (União), de Goiás, além do secretário de Segurança Pública paulista, Guilherme Derrite (PP).

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