A Justiça de Mato Grosso condenou uma mulher ao pagamento de R$ 4 mil por chamar a primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, de “bibelô de prateleira”. A decisão é do dia 20 de março, mas veio a publico nesta terça-feira (1º).

Conforme os autos do processo, em 30 de junho de 2022, a mulher enviou um áudio pelo WhatsApp no qual ofendia a dignidade da primeira-dama. Embora a mensagem não tenha sido encaminhada diretamente a Virginia, ela tomou conhecimento do conteúdo, o que configurou o crime de injúria.

A defesa da primeira-dama argumentou que, apesar de Virginia Mendes estar sujeita a críticas, a mensagem ultrapassou os limites da liberdade de expressão, especialmente pelo trecho em que a chamou de “bibelô de prateleira de pensão de beira de estrada”.

Durante a audiência, a acusada reconheceu ter produzido o áudio e relatou que posteriormente enviou mensagens pedindo desculpas. Na decisão, o juiz Marcos Faleiro da Silva, do Juizado Especial Criminal de Cuiab, destacou que a fala atingiu a esfera privada de Virginia Mendes, desqualificando sua conduta, forma de vestir e se portar.

Diante disso, a mulher foi condenada a três meses de detenção em regime aberto, com a pena substituída por prestação pecuniária. O valor de R$ 4 mil será destinado a uma entidade indicada pelo Juízo da Execução.