- CUIABÁ
- QUARTA-FEIRA, 6 , AGOSTO 2025
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), abriu oficialmente, na manhã desta quarta-feira (6), os trabalhos legislativos do segundo semestre de 2025. A sessão solene contou com a presença do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), que representou o Executivo estadual na ausência do governador Mauro Mendes (União Brasil).
A cerimônia também marcou as comemorações pelos 190 anos da Casa de Leis. Em discurso de cerca de cinco minutos, Max Russi destacou o papel histórico da Assembleia na formação de Mato Grosso e sua importância como guardiã da democracia.
“Em quase dois séculos, o Parlamento foi muito mais do que um palco de debates. Foi trincheira da democracia, voz das aspirações populares e pilar da construção institucional do nosso Estado”, afirmou o presidente da ALMT.
Russi ressaltou que a data comemorativa é também um momento de reflexão sobre o compromisso dos parlamentares com a democracia e com o futuro do Estado. “Não é apenas uma celebração. É um chamado à memória para que não esqueçamos as raízes democráticas que sustentam nossas instituições. É um chamado à responsabilidade, pois somos herdeiros de uma missão nobre e inacabada. Ainda há muito a se fazer por um Mato Grosso mais justo, sustentável e humano”, declarou.
O parlamentar lembrou que, desde os primeiros anos de funcionamento da Casa, temas como segurança pública, desenvolvimento agropecuário, organização das colônias indígenas e preservação ambiental já figuravam entre as prioridades do Legislativo, demonstrando desde cedo a preocupação com o equilíbrio entre progresso e responsabilidade social.
“Por aqui passaram grandes homens e mulheres que, com suas limitações e virtudes, deixaram um legado de luta, serviço e dedicação à causa pública”, destacou Max Russi, ao citar nomes históricos como José Fragelli, Rachid Jorge Mamede, Vicente Emílio Vuolo, Hélio Corrêa da Costa, Emanuel Pinheiro da Silva Primo, Oscar Soares, Ranulpho Marques Leal, Renê Barbour, Dante de Oliveira, Moisés Feltrin, Sarita Baracat de Arruda e Ubiratã Espinelli.
Críticas ao Senado e alerta sobre papel do Legislativo
Em sua fala, o vice-governador Otaviano Pivetta elogiou o papel institucional da Assembleia, mas aproveitou o momento para fazer críticas ao Senado Federal e às recentes decisões do Poder Judiciário, sugerindo um desequilíbrio entre os poderes da República.
“O Legislativo representa o povo. Não pode permitir abusos — ou, no mínimo, deve se levantar para mitigar um conflito tão grande como temos hoje no país. Nós não vemos o Senado fazer nada”, criticou.
Pivetta argumentou que há um consenso entre juristas quanto a excessos do Judiciário, e que o Senado, como órgão competente para fiscalizar e dialogar com os tribunais superiores, tem se omitido.
“Há muitas dúvidas sobre decisões do Poder Judiciário. O Senado é o único órgão com competência para investigar e questionar, mas se mantém inerte. Nenhum poder está acima da lei. Precisamos retomar a normalidade institucional no Brasil”, concluiu.