- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 7 , AGOSTO 2025
O caminhoneiro Regivaldo Batista Cardoso, esposo de Cleci Calvi Cardoso e pai de Miliane, Manuela e Melissa, brutalmente assassinadas em novembro de 2023, disse sentir alívio após a condenação de Gilberto Rodrigues dos Anjos, a 225 anos de prisão. O júri popular realizado nesta quinta-feira (7) no Fórum de Sorriso reconheceu o réu culpado por feminicídio, estupro e estupro de vulnerável contra mãe e filhas.
Ao término do julgamento que durou 10 horas, Regivaldo destacou que a decisão representa justiça para sua família e segurança para outras pessoas. “Foi uma sentença muito boa. Graças a Deus todos os jurados foram unânimes na condenação do réu. O juiz também foi certeiro na sentença. Esses 225 anos e ele vai cumprir os 40 anos que é o devido. Com certeza não vai colocar o pé dele nunca mais fora da cadeia. Estou satisfeito com a sentença”, afirmou.
O pai lembrou que nenhuma condenação trará suas filhas e esposa de volta, mas reforçou que a justiça foi feita. “Não vai diminuir o sofrimento, não vai diminuir a saudade, mas a justiça foi feita hoje. Eu agradeço muito a Deus e a todos que participaram, jurados, advogados, promotor, juiz. Que Deus seja glorificado”, completou.
O caso
Na madrugada de 24 de novembro de 2023, Gilberto Rodrigues dos Anjos invadiu a casa de Cleci Calvi Cardoso, em Sorriso (420 km ao norte de Cuiabá), e matou de forma brutal a mãe e suas três filhas. Os corpos foram descobertos apenas no dia 27, depois que o marido de Cleci, Regivaldo Batista Cardoso, que estava em viagem a trabalho, estranhou o silêncio da família e acionou parentes e a polícia. O acusado foi localizado e preso em uma obra ao lado da residência onde cometeu o crime.
O histórico criminal de Gilberto inclui outras condenações. Em 16 de maio de 2024, ele recebeu pena de 17 anos de prisão pelo assassinato do jornalista Osni Mendes Araújo, ocorrido em 2013, em Mineiros (GO). Na época, chegou a cumprir seis meses de prisão, mas obteve liberdade e não foi mais localizado. Já em 25 de março de 2025, foi condenado pelo Tribunal do Júri de Lucas do Rio Verde a 22 anos, 7 meses e 10 dias de prisão por estupro, tentativa de feminicídio e lesão corporal qualificada contra uma mulher, crimes cometidos em setembro de 2023.
Mesmo com condenações por crimes violentos, Gilberto permaneceu foragido até ser capturado pelo assassinato da família em Sorriso. Agora, o caso mais bárbaro de sua ficha criminal chega ao fim com a condenação pelo Tribunal do Júri.