quinta-feira, 31 - julho 2025 - 09:37

Operação 'consfisca' R$ 86 mil de faccionados que extorquiam comerciantes em MT


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A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, na manhã desta quinta-feira (31), a Operação Vultus Legis contra uma facção criminosa envolvida em um esquema de extorsão a comerciantes de Rondonópolis (243 km de Cuiabá). A Justiça determinou o bloqueio de R$ 86 mil em contas bancárias ligadas ao grupo, além da expedição de sete mandados de prisão preventiva.

Ao todo, foram cumpridas 28 ordens judiciais nas cidades de Cuiabá, Rondonópolis e também no Estado de Sergipe, incluindo mandados de busca e apreensão, quebra de sigilo telemático e sequestro de valores. A investigação é conduzida pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco).

O delegado Antenor Pimentel Marcondes, responsável pelo caso, afirma que o esquema era mais amplo do que se pensava, atingindo diversos setores do comércio e operando em outras cidades, como Várzea Grande, onde a facção já atuava exigindo pagamentos de comerciantes. Dois dos alvos da operação de hoje já estavam presos desde fevereiro, quando foram capturados na operação A César o que é de César, por extorsões semelhantes.

De acordo com a polícia, o grupo utilizava perfis falsos no WhatsApp para abordar comerciantes dos ramos de celulares, tabacarias e distribuidoras, exigindo o pagamento de uma “taxa sobre faturamento” baseada em documentos fiscais. Os valores eram cobrados via Pix ou em espécie, e os criminosos se identificavam como membros de um suposto “setor de contrabando, descaminho e sonegação” da facção.

A cobrança era feita por líderes presos, apoiados por intermediários em liberdade, entre eles adolescentes e faccionados por bairros, responsáveis por coagir comerciantes e recolher os valores.

A investigação teve início em janeiro, após denúncias anônimas sobre ameaças de morte contra vítimas que se recusavam a pagar. A operação visa desarticular financeiramente o grupo e responsabilizar todos os envolvidos, incluindo os chamados “laranjas”, que recebiam os valores extorquidos.

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