A Petrobras informou nesta segunda-feira (2) que reduzirá em 5,6% o preço médio da gasolina vendida às distribuidoras a partir de terça-feira (3). Trata-se do primeiro corte no valor do combustível desde outubro de 2023.

Com a redução, o preço médio da gasolina nas refinarias passará de R$ 3,02 para R$ 2,85 por litro — uma queda de R$ 0,17 por litro.

O anúncio ocorre em meio ao aumento na demanda pelo combustível. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), as distribuidoras venderam 3,81 bilhões de litros de gasolina em abril, alta de 4,6% em relação ao mesmo mês de 2023. Foi o melhor desempenho para abril na série histórica da ANP, impulsionado pela recuperação na mobilidade urbana e pelo maior fluxo de veículos leves.

No acumulado do ano até abril, as vendas de gasolina somaram 14,74 bilhões de litros — um crescimento de 3,5% em comparação ao mesmo período de 2024. O avanço ocorre após um recuo nas vendas registrado no ano passado.

Política de preços

Desde a nomeação de Magda Chambriard para a presidência da Petrobras, a estatal tem adotado uma postura mais cautelosa na política de preços, evitando repassar volatilidades do mercado internacional de forma imediata ao consumidor brasileiro.

A última alteração no preço da gasolina havia sido em julho de 2024, quando a Petrobras elevou o valor em 7%.

Apesar da redução anunciada, o repasse aos consumidores nos postos de combustíveis não é automático. Ele depende de diversos fatores, como a incidência de impostos, a proporção de etanol anidro misturado à gasolina, além das margens de lucro das distribuidoras e dos postos revendedores.

Além da Petrobras, o mercado brasileiro de combustíveis é parcialmente abastecido por refinarias privadas e por importações, o que também influencia os preços ao consumidor final.