Daqui a exatos cinco meses, Otaviano Pivetta tomará posse como governador de Mato Grosso, completando os oito meses finais da atual gestão de Mauro Mendes, que deve deixar o cargo para disputar uma vaga no Senado Federal em 2026.

Com a posse, Pivetta se tornará o quinto vice-governador da chamada Nova República (a partir de 1985) a assumir o comando do Estado em razão da renúncia do titular para concorrer a outro cargo eletivo. Antes dele, outros quatro vice-governadores ocuparam o Palácio Paiaguás em circunstâncias semelhantes:

• Wilmar Peres de Farias (1986), que assumiu após a saída de Júlio Campos, candidato a deputado federal;

• Edison Freitas de Oliveira (1990), que sucedeu Carlos Bezerra, candidato ao Senado;

• Rogério Salles (2002), que substituiu Dante de Oliveira, também candidato ao Senado;

• Silval Barbosa (2010), que assumiu no lugar de Blairo Maggi, igualmente candidato ao Senado.

A partir de 4 de abril do próximo ano, Pivetta se tornará oficialmente governador e, com o comando da máquina pública, deverá buscar a reeleição. Enquanto isso, Mauro Mendes concentrará esforços na disputa por uma das vagas de senador por Mato Grosso.

Entre os ex-governadores que deixaram o cargo para concorrer a eleições desde a redemocratização, o retrospecto é equilibrado: Carlos Bezerra e Dante de Oliveira foram derrotados na disputa pelo Senado, enquanto Júlio Campos e Blairo Maggi saíram vitoriosos — o primeiro eleito deputado federal e o segundo, senador.