O racha político no PL de Mato Grosso, que atualmente abriga dois pré-candidatos majoritários, tem gerado tensões e desconfianças dentro do partido, em um cenário descrito por aliados como uma verdadeira “novela política”.

De um lado está o senador Wellington Fagundes (PL), em pré-campanha ao Governo do Estado. De outro, o também senador Zé Medeiros (PL), que pretende disputar uma vaga ao Senado. Apesar de compartilharem o mesmo partido, ambos vêm trocando gestos ambíguos de apoio e desconfiança.

Nos bastidores, Wellington Fagundes garante a Medeiros que apoia sua candidatura ao Senado. No entanto, longe dele, o discurso muda: o senador tem defendido a pré-candidatura da deputada Janaina Riva (MDB) — sua nora — à mesma vaga. O movimento reforça o interesse de Fagundes em alinhar o PL ao MDB em uma futura coligação.

Medeiros, por sua vez, responde na mesma moeda. Em eventos públicos ao lado de Fagundes, declara apoio ao correligionário na disputa pelo Palácio Paiaguás. Mas, em outras ocasiões, admite simpatia por Otaviano Pivetta (sem partido) como seu candidato preferido ao governo.

A troca de acenos contraditórios evidencia o clima de divisão interna no PL mato-grossense, que tenta se posicionar de forma competitiva nas eleições de 2026, mas ainda sem consenso sobre qual projeto majoritário seguir.