sexta-feira, 12 - dezembro 2025 - 16:13

Políticos e autoridades comemoram fim da sanção a Moraes


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O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (12) a retirada dos nomes do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e de sua esposa, a advogada Viviane Barci de Moraes, das sanções da Lei Magnitsky, decisão que gerou reação positiva de diversos políticos e autoridades brasileiras.

A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, celebrou a medida em suas redes sociais, afirmando que a revogação representa uma vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma derrota da família Bolsonaro. “A retirada das sanções dos EUA contra Alexandre de Moraes é uma grande vitória do Brasil e do presidente Lula. Foi Lula quem colocou esta revogação na mesa de Donald Trump, num diálogo altivo e soberano. É uma grande derrota da família de Jair Bolsonaro, traidores que conspiraram contra o Brasil e contra a Justiça”, disse.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), também comemorou. “O governo Trump acaba de tirar Alexandre de Moraes da Lei Magnitsky. Vitória da democracia, da soberania e da diplomacia do governo do presidente Lula. Grande dia”, publicou em vídeo nas redes sociais.

Deputadas do PSOL, como Fernanda Melchionna (RS) e Erika Hilton, reforçaram críticas às sanções. Melchionna chamou a imposição de “imposição imperialista sobre um ministro brasileiro” e Hilton destacou que a medida era aguardada pela família Bolsonaro, com tom irônico sobre expectativas políticas da família.

As sanções da Lei Magnitsky haviam sido aplicadas pelo governo de Donald Trump em julho, inicialmente contra Moraes, e posteriormente estendidas à esposa do ministro, Viviane Barci de Moraes, e ao Instituto Lex, ligado à família. A Lei Magnitsky permite punir supostos violadores de direitos humanos no exterior, incluindo bloqueio de bens e proibição de entrada nos Estados Unidos.

Do lado da oposição, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SO) e o jornalista Paulo Figueiredo lamentaram a decisão. Em nota divulgada em português e inglês, eles destacaram a gratidão ao ex-presidente Trump pelo apoio durante a aplicação das sanções e criticaram o fim da medida. “Recebemos com pesar a notícia da mais recente decisão anunciada pelo governo americano. Somos gratos pelo apoio do presidente Trump ao longo dessa trajetória e pela atenção dedicada à grave crise de liberdades que assola o Brasil”, afirmaram.

A revogação das sanções marca o encerramento de um episódio diplomático que mobilizou autoridades, partidos e figuras públicas brasileiras, reforçando debates sobre soberania, direitos humanos e relações bilaterais com os Estados Unidos.

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