Prefeitura estuda retirar ambulantes das calçadas em ruas de Cuiabá
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A Prefeitura de Cuiabá estuda a retirada de vendedores ambulantes das calçadas do centro da cidade. A medida, segundo o prefeito Abílio Brunini (PL), visa organizar os espaços públicos e atender as demandas de comerciantes, que alegam prejuízos.
“Muitas pessoas estão reclamando. Já temos manifestação do Ministério Público em relação a alguns trechos que estão intransitáveis. Vamos precisar organizar. Quem estiver obstruindo as calçadas, infelizmente, terá que sair daquele espaço”, afirmou o prefeito.
Abílio também destacou a necessidade de equilibrar o direito dos lojistas de rua e a do comércio legalmente estabelecido. “A pessoa monta uma loja, paga IPTU, paga ISS. Ela tem o direito de não sofrer concorrência desleal na frente da sua loja. A gente acredita que todos têm o direito de buscar a sobrevivência, mas também temos que proteger os pagadores de impostos e aqueles que seguem as regras”, completou.
O assunto também foi tema de uma audiência pública realizada pela vereadora Michelly Alencar (PL), com todos os envolvidos, incluindo representantes do comércio local, da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), e os próprios vendedores ambulantes — brasileiros, haitianos e venezuelanos.
“Tivemos uma audiência que bombou. Todos os ambulantes estavam lá. Conseguimos avançar num entendimento. Já fizemos um cadastramento junto com a Secretaria de Ordem Pública, e hoje temos 170 vendedores oficialmente identificados”, explicou Michelly.
Segundo ela, os próprios ambulantes apresentaram três sugestões de locais onde poderiam ser realocados:
1.Avenida 13 de Junho – com a proposta de padronizar as calçadas para garantir que não haja conflito com o trânsito nem com os comerciantes.
2.Rua lateral ao Ganha Tempo – considerada uma “rua morta”, que os ambulantes propuseram revitalizar e transformar na “rua dos vendedores ambulantes”, inclusive com funcionamento 24 horas, como em algumas capitais brasileiras.
3.Praça na região da Treze de Junho – espaço atualmente degradado, que os vendedores desejam transformar em um centro comercial popular, com maior segurança e movimentação.
A proposta já foi encaminhada à Secretaria de Ordem Pública, que agora estuda a viabilidade técnica de cada uma das opções. Segundo Michelly, a secretária demonstrou interesse principalmente pela rua lateral e está aberta à ideia da praça. A proposta de manter os ambulantes na 13 de Junho, contudo, a ideia é vista com resistência.