- CUIABÁ
- TERÇA-FEIRA, 12 , AGOSTO 2025
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Max Russi (PSB), afirmou que atuará como interlocutor entre empresários e governo estadual para mitigar os efeitos do aumento tarifário de 50% imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, medida que entrou em vigor na última quarta-feira (6). Em Mato Grosso, os setores mais afetados devem ser os da carne e da madeira.
“A solução agora é buscar formas de amenizar esses impactos. Alguns governos estaduais já adotaram medidas nesse sentido, e o governo de Mato Grosso não será diferente. Acreditamos que onde houver maior impacto, devemos atuar para apoiar setores específicos. Tudo isso ocorre em um momento de muita incerteza, o que amplia a angústia e a dúvida tanto do empresariado quanto da população em geral”, destacou Max Russi.
Para o presidente do Legislativo, a palavra-chave neste momento é diálogo para avançar nas negociações. “Nosso país já enfrentou crises muito graves e, com certeza, esta será mais uma que superaremos. O Brasil tem riqueza e capacidade de adaptação para reagir rapidamente.” Ele reconheceu que a situação traz impactos, desgaste e prejuízos, por isso defende a busca por formas de mitigar os reflexos negativos.
“A Assembleia estará de portas abertas para promover esse debate, apoiar o governo ou, se necessário, buscar iniciativas junto ao Executivo, apresentar propostas e trabalhar em conjunto com deputados e setores prejudicados. Nosso compromisso é colaborar para evitar demissões, desemprego e prejuízos à população mais vulnerável do estado”, afirmou.
Debate na FIEMT discute impacto do tarifaço na indústria
Nesta quarta-feira (13), a Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) e o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem) realizam um debate para avaliar os impactos do aumento tarifário imposto pelos Estados Unidos, medida que afeta diretamente a indústria de base florestal no estado.
O evento tem como objetivo analisar os efeitos sobre as empresas locais, discutir riscos de demissões e construir estratégias conjuntas para mitigar os impactos econômicos e sociais. Até o momento, o governo estadual não anunciou ações específicas para auxiliar os setores afetados.
No âmbito federal, o governo Lula finaliza os ajustes do plano emergencial para enfrentar o tarifaço imposto pelos EUA. O anúncio oficial do pacote de medidas ainda não tem data definida, mas é esperado para esta semana.