- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 24 , ABRIL 2025
O presidente da Comissão de Ética da Câmara Municipal de Várzea Grande, vereador Jánio Calistro (União), tem adotado um posicionamento morno diante das graves acusações envolvendo seus colegas de parlamento. Enquanto a Operação Escambo investiga um esquema de compra de votos envolvendo os vereadores Kleberton Feitoza (PSB) e Adilsinho (Republicanos), Calistro minimiza os impactos da ação policial ao afirmar que “é um problema particular da campanha de cada um”.
O tom brando também se repete ao tratar do caso de Feitoza, acusado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) de invadir uma unidade de saúde, filmar e expor uma profissional da área. O episódio, que ocorreu durante o exercício do mandato, poderia configurar abuso de autoridade e quebra de decoro parlamentar. No entanto, ao comentar sobre o assunto, Calistro preferiu não se posicionar de forma incisiva, limitando-se a dizer que “ainda precisa apurar” os fatos.
A postura do presidente da Comissão de Ética contrasta com a gravidade das denúncias. Em vez de garantir um posicionamento firme em defesa da transparência e da conduta ilibada dos parlamentares, sua declaração transmite a sensação de que o episódio pode ser tratado de maneira burocrática, sem a devida urgência.