O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran da Silva Gallo, chamou o vereador de Várzea Grande, Kleberton Feitoza Eustáquio (PSB), de “QI de ameba” após ele ser acusado de invadir uma sala de descanso no pronto-socorro e expor uma médica.

“Ele não tem para com a minha colega, tem um QI de ameba, uma pessoa que não pensa e é irresponsável. Eu duvido que ele tenha coragem de fazer isso quando encontrar um médico homem. Ele fez isso para encontrar uma mulher trabalhando na sala boa, que nós, trabalhadoras da saúde, temos direito sim de fazer o nosso descanso e nos alimentar. Eu lamento esse episódio. Episódio esse que a Câmara dos Vereadores de Várzea Grande deveria apurar, sim”, afirmou Gallo.

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) protocolou um pedido de comissão processante contra Feitoza, mas o requerimento pode ser arquivado. O presidente do CRM-MT, Diogo Sampaio, afirmou que, caso isso ocorra, “é, nitidamente, um corporativismo contra a população e uma prevaricação, também é crime. Se assim se confirmar, o Conselho Regional de Medicina acionará também o presidente da Câmara de Várzea Grande”.

Sampaio classificou o arquivamento como “extremamente grave” e afirmou que “é importante qualquer caso ser investigado, dar ampla defesa às partes e que todos possam falar. Agora, de forma sumária, arquivar um pedido de investigação, isso é extremamente grave. Nós estamos acionando o vereador com algumas ações judiciais. Houve uma intimidação clara, uma agressão à médica. Ela está extremamente abalada, ela esteve aqui, está aqui conosco, inclusive. O Conselho Federal de Medicina, preocupado com isso, está aqui presente com sua diretoria. Isso é inadmissível”.