terça-feira, 22 - julho 2025 - 17:24

Projeto de Max Russi que garante formação para pessoas com deficiência nas autoescolas é sancionado


Presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB)
Presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB)

Um passo importante pela inclusão foi dado na semana passada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Aprovado, em segunda votação, o projeto de lei do presidente da Casa, deputado Max Russi (PSB), que garante o direito das pessoas com deficiência à formação adequada para obtenção da carteira de habilitação. A proposta já sancionada virou a Lei nº 12.964/2025 e estabelece regras para que os Centros de Formação de Condutores (CFCs) estejam preparados para atender esse público.

De acordo com o texto, as autoescolas que possuírem mais de dez veículos devem oferecer, obrigatoriamente, ao menos um carro adaptado e um instrutor capacitado para ministrar as aulas práticas. Já os CFCs com estrutura menor poderão firmar parcerias para garantir o atendimento. O objetivo é simples: assegurar que nenhuma pessoa com deficiência seja impedida de tirar sua CNH por falta de estrutura adequada.

“Esse projeto nasce da escuta e da sensibilidade. Não dá mais para aceitar que alguém tenha seu direito de ir e vir limitado por falta de acessibilidade. A inclusão precisa sair do discurso e virar prática”, destacou Max Russi durante a votação.

A lei determina ainda que os veículos adaptados devem contar com comandos manuais, como empunhadura de volante, alavanca de freio e acelerador, além de câmbio automático e demais itens exigidos por segurança. Tudo isso sem que haja qualquer cobrança extra ao aluno com deficiência.

O Detran-MT será responsável por regulamentar os detalhes da aplicação da norma, garantindo que os CFCs cumpram o que está previsto. O prazo para adequação é de 180 dias a partir da publicação da lei.

Para Max Russi, a proposta vai além de uma adequação legal. “É uma conquista social. Estamos falando de dignidade, de autonomia e de respeito. Pessoas com deficiência têm o direito de dirigir, de viver com liberdade. E o papel do poder público é garantir que esse direito seja possível”, afirmou o parlamentar.

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