O PSD de Mato Grosso já começou a traçar as estratégias para a formação das chapas proporcionais nas eleições de 2026, tanto para a Câmara Federal quanto para a Assembleia Legislativa (ALMT). Segundo o ex-deputado federal Valtenir Pereira, que concedeu entrevista à imprensa na semana passada, o partido vem articulando a composição com nomes de peso na política estadual.

Atualmente, o estado conta com 8 cadeiras na Câmara dos Deputados e 24 na ALMT, mas há expectativa de ampliação para 10 federais e 30 estaduais. A decisão está nas mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que pode vetar ou sancionar a mudança — embora o Congresso Nacional também tenha prerrogativa para promulgar a ampliação.

Diante desse cenário, o PSD trabalha para montar uma chapa robusta. No caso da disputa federal, o partido pretende lançar pelo menos nove nomes (vagas disponíveis +1). Um dos nomes confirmados é o do próprio Valtenir Pereira, que também mencionou outras lideranças com grande potencial, como o número 2 do Ministério da Agricultura, Irajá Lacerda; o Procurador Mauro; e a suplente de deputada federal, Flavinha Rodrigues.

Além disso, o partido negocia a possível filiação do deputado federal Emanuelzinho, atualmente no MDB e insatisfeito com a legenda. Outros nomes cotados incluem o médico Marcelo Sandrin (Republicanos), o apresentador Agnelo Corbelino (PL), o ex-secretário municipal de Tangará da Serra, Wellington Bezerra, e o Professor Sivirino (MDB), de Barra do Garças. O PSD também deve incorporar mais mulheres à chapa, em cumprimento à cota de gênero prevista pela legislação eleitoral.

Chapa estadual

No cenário estadual, Valtenir destacou que o deputado Wilson Santos buscará a reeleição pelo PSD, recebendo reforço de nomes estratégicos para ampliar a competitividade da legenda nas urnas. Entre os nomes em articulação estão a jornalista Rafaela Fávaro — filha do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro —, que disputou as eleições de 2024 como vice na chapa à Prefeitura de Cuiabá; o vereador por Cuiabá, Jeferson Siqueira; e o jornalista e analista político Antero Paes de Barros.

A legenda trabalha ainda para atrair lideranças do interior do estado, com o objetivo de formar uma chapa com 25 nomes — número necessário para a disputa proporcional (vagas disponíveis +1).

A expectativa é de que o ministro Carlos Fávaro, que deverá disputar a reeleição ao Senado em 2026, exerça papel central na articulação, ampliando alianças e fortalecendo a presença do PSD tanto no Congresso quanto na Assembleia Legislativa.