quinta-feira, 2 - outubro 2025 - 18:03

Putin acusa Europa de prolongar guerra na Ucrânia


Presidente da Rússia, Vladimir Putin
Presidente da Rússia, Vladimir Putin

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira (2) que a Europa é a principal responsável pela continuidade da guerra na Ucrânia. Durante discurso, o líder russo agradeceu aos países do Brics, aos países árabes, além de seus aliados Coreia do Norte e Belarus, pelos esforços em busca da paz e por apoiarem Moscou no conflito.

Mais cedo, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, também fez declarações no mesmo tom, acusando os países europeus de dificultarem o avanço das negociações de paz. Segundo ele, os membros da União Europeia estariam incentivando o governo ucraniano a manter o conflito em vez de buscar uma resolução diplomática.

“Do nosso ponto de vista, o principal fator que torna o processo de paz mais difícil é a posição da União Europeia, que tem incentivado o regime de Kiev a continuar a guerra”, disse Peskov. Ele acrescentou que, apesar disso, Moscou ainda acredita que os Estados Unidos mantêm disposição política para buscar um acordo “pragmático e político” com vistas ao fim da guerra.

Contexto do conflito

A guerra teve início em fevereiro de 2022, quando a Rússia lançou uma invasão em larga escala ao território ucraniano. Desde então, Moscou ocupa cerca de 20% do território da Ucrânia, incluindo as regiões de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia — oficialmente anexadas pelo Kremlin ainda no mesmo ano.

Mesmo diante da resistência ucraniana e da pressão internacional, a Rússia mantém sua estratégia de avanço lento pelo leste do país, sem dar sinais de recuo em relação aos objetivos originais da campanha militar.

Em contrapartida, a Ucrânia tem intensificado ataques em território russo, focando principalmente em alvos considerados estratégicos para a infraestrutura militar de Moscou. O governo de Volodymyr Zelensky afirma que as ações têm como objetivo enfraquecer a capacidade de resposta do Exército russo.

Putin, por sua vez, ordenou uma escalada nos ataques aéreos contra cidades ucranianas, incluindo o uso de drones. Ambos os lados negam atacar civis deliberadamente, embora milhares de vidas já tenham sido perdidas desde o início do conflito — a maioria delas de civis ucranianos.

Estimativas dos Estados Unidos indicam que cerca de 1,2 milhão de pessoas foram mortas ou feridas desde o início da guerra. No entanto, os governos da Rússia e da Ucrânia evitam divulgar dados oficiais sobre perdas militares.

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