- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 27 , NOVEMBRO 2025


O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira (2) que a Europa é a principal responsável pela continuidade da guerra na Ucrânia. Durante discurso, o líder russo agradeceu aos países do Brics, aos países árabes, além de seus aliados Coreia do Norte e Belarus, pelos esforços em busca da paz e por apoiarem Moscou no conflito.
Mais cedo, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, também fez declarações no mesmo tom, acusando os países europeus de dificultarem o avanço das negociações de paz. Segundo ele, os membros da União Europeia estariam incentivando o governo ucraniano a manter o conflito em vez de buscar uma resolução diplomática.
“Do nosso ponto de vista, o principal fator que torna o processo de paz mais difícil é a posição da União Europeia, que tem incentivado o regime de Kiev a continuar a guerra”, disse Peskov. Ele acrescentou que, apesar disso, Moscou ainda acredita que os Estados Unidos mantêm disposição política para buscar um acordo “pragmático e político” com vistas ao fim da guerra.
Contexto do conflito
A guerra teve início em fevereiro de 2022, quando a Rússia lançou uma invasão em larga escala ao território ucraniano. Desde então, Moscou ocupa cerca de 20% do território da Ucrânia, incluindo as regiões de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia — oficialmente anexadas pelo Kremlin ainda no mesmo ano.
Mesmo diante da resistência ucraniana e da pressão internacional, a Rússia mantém sua estratégia de avanço lento pelo leste do país, sem dar sinais de recuo em relação aos objetivos originais da campanha militar.
Em contrapartida, a Ucrânia tem intensificado ataques em território russo, focando principalmente em alvos considerados estratégicos para a infraestrutura militar de Moscou. O governo de Volodymyr Zelensky afirma que as ações têm como objetivo enfraquecer a capacidade de resposta do Exército russo.
Putin, por sua vez, ordenou uma escalada nos ataques aéreos contra cidades ucranianas, incluindo o uso de drones. Ambos os lados negam atacar civis deliberadamente, embora milhares de vidas já tenham sido perdidas desde o início do conflito — a maioria delas de civis ucranianos.
Estimativas dos Estados Unidos indicam que cerca de 1,2 milhão de pessoas foram mortas ou feridas desde o início da guerra. No entanto, os governos da Rússia e da Ucrânia evitam divulgar dados oficiais sobre perdas militares.