- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 2 , OUTUBRO 2025
O retorno dos vereadores Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB) gerou repercussão entre os parlamentares na sessão dessa terça-feira (1). Além das reações políticas, a medida também tem impacto direto no orçamento do Legislativo.
A presidente da Casa, Paula Calil (PL), destacou que o afastamento dos dois gerava um custo adicional, já que a Câmara precisava arcar simultaneamente com os salários dos titulares e dos suplentes, Fellipe Corrêa (PL) e Gustavo Padilha (PSB). “Agora nós estaremos 27 vereadores que receberão os seus subsídios e os demais valores. Retornamos à normalidade dentro do nosso orçamento”, afirmou.
Calil também minimizou eventuais desgastes à imagem do Legislativo. “Nós somos 27 vereadores, eleitos pelo povo, todos maiores de idade, todos respondem pelos seus atos”, ressaltou.
Outros parlamentares também avaliaram o retorno de maneira favorável. Para Daniel Monteiro, a decisão respeita princípios jurídicos. “Nós vivemos num Estado democrático de direito, em que o princípio que deve prevalecer é sempre da presunção de inocência”, disse.
Já o vereador Rafael Ranalli (PL) afirmou que, nos bastidores, havia expectativa de que o retorno ocorresse mais cedo.
Investigados
De acordo com as investigações, Sargento Joelson teria negociado com aval de Chico 2000, que era presidente da Câmara na época, o pagamento de R$ 250 mil em propina para a aprovação de um projeto, do Executivo, que autorizava a renegociação de dívidas da prefeitura para obter certidões negativas.
Assim, poderia receber recursos para pagar empresas, entre elas, a HB20 Construções, responsável pelas obras do Contorno Leste.
Áudios e troca de mensagens, entre Joelson e um representante da empresa, revelam, em tese, que Chico 2000 sabia das negociações.