A secretária de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, criticou o que chamou de “excessos” do Ministério Público Estadual (MPMT) em relação às obras realizadas pelo Estado no Morro de Santo Antônio, em Santo Antônio de Leverger. Segundo ela, o objetivo das intervenções é melhorar a estrutura do local para visitantes, garantindo acessibilidade e segurança.

Lazzaretti comparou a situação com parques nacionais renomados, como o da Tijuca, no Rio de Janeiro, e o de Iguaçu, em Foz do Iguaçu, destacando a necessidade de infraestrutura para tornar os atrativos turísticos acessíveis. Ela também criticou a resistência enfrentada pelo projeto e ressaltou que gestões anteriores não realizaram melhorias no local.

A secretária reconheceu que houve problemas operacionais nas obras, como a ampliação da pista, que passou de 4 para 7 metros. No entanto, garantiu que um projeto de recuperação já foi apresentado para corrigir as questões ambientais.

Por outro lado, o Ministério Público constatou degradação ambiental na área, incluindo erosão, abertura de estradas além do previsto, riscos de deslizamentos e falta de sinalização. Além disso, fiscalização flagrou caminhões da Secretaria de Infraestrutura retirando pedras do morro para serem usadas em outra obra do governo.

Diante das irregularidades, o MP moveu uma Ação Civil Pública pedindo a interdição imediata das obras, salvo as ações de contenção e recuperação ambiental. As obras estão suspensas até que sejam estabelecidas e aprovadas medidas corretivas.

Na última quinta-feira (27), o governo do Estado publicou a portaria Nº 344/2025/SEMA/MT, aprovando o Plano de Manejo do Monumento Natural Morro de Santo Antônio.