O secretário de Fazenda de Mato Grosso, Rogério Gallo, afirmou que o aumento tarifário de 50% imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros deve ter impacto limitado na economia do estado. Segundo ele, apenas 1,5% das exportações mato-grossenses têm como destino o mercado norte-americano.

“Nosso estado terá um impacto baixo. Na nossa balança comercial, exportamos apenas 1,5% para os Estados Unidos. Os efeitos, portanto, são muito pequenos e restritos a setores específicos”, destacou Gallo, em entrevista à imprensa.

Apesar do impacto geral ser considerado modesto, o secretário alertou que o setor madeireiro pode ser o mais afetado pela medida, devido à sua relevante participação nas exportações para os EUA. Ele garantiu que o governo estadual está monitorando a situação de perto, em conjunto com as ações do governo federal.

“Estamos acompanhando com atenção o setor madeireiro, para avaliar se as medidas já adotadas pelo governo federal são suficientes. Caso contrário, será necessário avaliar formas de apoio ao setor”, afirmou.

Ainda de acordo com Gallo, outro ponto de atenção são possíveis acordos bilaterais entre os Estados Unidos e países parceiros do Brasil, o que poderia prejudicar a competitividade dos produtos mato-grossenses.

“É importante observar como estão sendo conduzidas as negociações entre os EUA e os compradores dos nossos produtos. Se os norte-americanos estabelecerem cotas com esses países, isso pode afetar as compras de Mato Grosso, que seriam substituídas por produtos dos EUA. Esse cenário nos preocupa e está no nosso radar”, completou.

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