- CUIABÁ
- SEGUNDA-FEIRA, 28 , ABRIL 2025
Dezenas de famílias ficaram desabrigadas em Várzea Grande após o forte temporal que atingiu a baixada cuiabana neste domingo (28). Diante da situação, os moradores afetados foram remanejados para uma escola municipal, onde recebem assistência.
Os bairros mais atingidos pelas chuvas foram Alameda, Carrapicho, Cohab Santa Fé, Construmat e Joaquim Curvo. Mais uma vez, o bairro Construmat foi o mais afetado, com casas e ruas completamente alagadas. Dez imóveis da região foram bastante danificados, e algumas famílias aceitaram o acolhimento temporário ofertado pela Prefeitura de Várzea Grande.
No bairro Alameda, a situação foi agravada por obras recentes. A moradora Márcia Duarte atribuiu o alagamento à construção de uma nova ponte sobre um córrego da região. Segundo ela, a intervenção acabou obstruindo a vazão da água.
“Não existia essa ponte, era só um pedaço de pau que passava bicicleta. Agora fizeram essa ponte muito larga no esgoto, a água não passa e fica esse brejeiro aqui quando chove”, relatou Márcia.
Vídeos gravados durante o temporal mostram a casa da moradora completamente tomada pela água barrenta e lama. Segundo ela, a inundação começou por volta das 18h, e só após a meia-noite foi possível terminar a limpeza do imóvel.
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A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), esteve nos locais alagados acompanhada da Guarda Municipal, da Defesa Civil, de secretários e do vereador Samir Katumata (PL). A gestora também visitou casas atingidas e orientou os moradores a se dirigirem para a Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Apolônio Frutuoso da Silva, escolhida para receber os desabrigados por estar localizada em uma área alta do Construmat, próxima às áreas afetadas.
No local, as famílias recebem colchões, cobertores, toalhas, travesseiros, refeições e transporte garantido por dois ônibus cedidos pela Prefeitura. A Secretaria Municipal de Assistência Social realiza a triagem para identificar as necessidades específicas de cada família.
“Estamos aqui prestando o primeiro atendimento aos moradores atingidos, orientando para buscarem um local mais seguro, e já fazendo novamente o serviço de desobstrução das galerias pluviais para que as águas escoem mais rápido”, afirmou a prefeita Flávia Moretti.
Segundo o secretário municipal de Defesa Social, Louriney Silva, a Defesa Civil monitorava desde fevereiro os bairros mais vulneráveis a alagamentos. Apesar da manutenção preventiva realizada pelas secretarias municipais de Viação, Obras e Urbanismo e de Serviços Públicos e Mobilidade, a prefeitura alega que o volume da chuva — que chegou a até 50 mm/dia — foi suficiente para invadir as casas no fim da tarde de domingo.
“Neste momento, nossa prioridade é acolher e garantir a segurança dos nossos munícipes para que possam voltar com tranquilidade, muito em breve, para suas casas”, concluiu a prefeita Moretti.
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