- CUIABÁ
- SÁBADO, 21 , JUNHO 2025
No 26º dia do julgamento do rapper e produtor Sean “Diddy” Combs, o agente especial da Homeland Security Investigations (HSI), Joseph Cerciello, prestou depoimento e revelou detalhes de uma estadia do artista em Los Angeles, ocorrida em janeiro de 2023. Segundo Cerciello, os registros do hotel indicam que o quarto foi reservado sob o nome falso “Joseph Chavez” e incluíam uma cobrança de US$ 3.750 (cerca de R$ 20.691 na cotação atual) por “móveis danificados”.
Um relatório emitido pelo hotel apontou que havia “fluidos corporais manchados no piso de madeira” espalhados pelo quarto e também em parte da mobília. O prontuário foi citado em conjunto com mensagens de texto trocadas entre Combs e “Jane”, uma das mulheres que o acusam no processo e cuja identidade está protegida por um pseudônimo.
As mensagens revelaram que Combs e Jane coordenaram a chegada de três homens ao hotel naquela ocasião. Um dos envolvidos teria feito depósitos em dinheiro no valor de US$ 1.500 (R$ 8.275) em caixas eletrônicos em Los Angeles nos dias seguintes à reserva.
O júri também teve acesso a uma mensagem enviada por Combs solicitando a Jane que transferisse US$ 1.100 (R$ 6.069) para a empresa Cowboys for Angels, um conhecido serviço de acompanhantes, para cobrir passagens aéreas e uma “tarifa de pernoite”.
Nesta sexta-feira (20), um ex-assistente do rapper também prestou depoimento, detalhando como funcionava o suposto esquema de aquisição de drogas para Combs.
Sean Combs, de 55 anos, se declarou inocente das acusações. Ele responde por conspiração para extorsão, duas acusações de tráfico sexual e duas acusações de transporte com fins de prostituição.
O julgamento segue em curso nos Estados Unidos, e ainda não há uma data exata para sua conclusão. A expectativa é que o processo se estenda por mais algumas semanas, dada a complexidade das provas e o número de testemunhas a serem ouvidas.