- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 31 , JULHO 2025
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) determinou o afastamento preventivo de três servidores suspeitos de envolvimento em irregularidades nas movimentações da conta de depósitos judiciais do Poder Judiciário estadual. A medida, com duração inicial de 60 dias, foi autorizada pelo presidente do TJMT, desembargador José Zuquim Nogueira, com base no Estatuto dos Servidores Públicos da Administração Direta, das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais.
Os servidores foram alvos da Operação Sepulcro Caiado, deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (30). Um dos investigados, Mauro Ferreira Filho, teve prisão preventiva decretada, mas não foi localizado pelos agentes e é considerado foragido da Justiça. Os nomes das outras duas servidoras investigadas não foram divulgados; elas foram alvo de mandados de busca e apreensão.
Durante o período de afastamento, os servidores terão o acesso suspenso a todos os sistemas processuais e administrativos do TJMT, incluindo os sistemas de controle de ponto, página do servidor e e-mail funcional. Também foi determinada a exoneração de uma das servidoras, que ocupava o cargo de chefe de divisão no Departamento do Fundo de Apoio ao Judiciário (Funajuris).
Os três servidores responderão a sindicância investigatória com o objetivo de apurar possíveis irregularidades no pagamento de alvarás judiciais desde maio de 2011 até o presente.
Paralelamente, o TJMT instituiu uma Comissão Especial de Auditoria para revisar todas as movimentações da conta de depósitos judiciais nesse período. A comissão é composta pelo juiz auxiliar da Presidência, Túlio Duailibi Alves Souza, e pelos auditores da Coordenadoria de Auditoria Interna, Johnny Ander Pereira Abdallah e Lais Cristine De Souza. A equipe contará com o apoio da diretora do Departamento de Depósitos Judiciais, Monica Priscila Lazareti dos Santos Oliveira.