- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 27 , NOVEMBRO 2025


O membro do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) da Bolívia, Francisco Vargas Camacho, denunciou a existência de um plano para deslegitimar o resultado das eleições gerais no país, realizadas em 17 de agosto. Segundo ele, também há tentativa de intimidar integrantes do órgão eleitoral e impedir a realização do segundo turno, marcado para 19 de outubro.
“Denunciamos perante a cidadania e a comunidade internacional que está sendo preparado um plano que busca desconsiderar a vontade popular expressa nas urnas”, escreveu Camacho em seu perfil na rede social X (antigo Twitter) na sexta-feira (3).
Na publicação, ele marcou os perfis oficiais da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, das Nações Unidas e da Organização dos Estados Americanos (OEA).
De acordo com Camacho, denúncias infundadas estariam sendo usadas para tentar prender membros do TSE e impedir a realização do segundo turno, o que, segundo ele, teria como objetivo provocar uma ruptura da ordem institucional e democrática na Bolívia.
“O TSE da Bolívia organizou um processo eleitoral transparente e limpo, reconhecido por missões de observação eleitoral, organizações políticas e da sociedade civil”, completou o magistrado.
Esquerda sofre derrota histórica no primeiro turno
As eleições de 17 de agosto marcaram uma derrota histórica para o MAS (Movimento ao Socialismo), partido atualmente no poder. O candidato da sigla, Eduardo del Castillo, obteve apenas 3,2% dos votos válidos.
O primeiro colocado no pleito foi Rodrigo Paz, do Partido Democrata Cristão, com 32,18% dos votos. Ele deve disputar o segundo turno contra o ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga, da coalizão Alianza, que terminou a primeira etapa com 26,8% dos votos válidos.