quinta-feira, 24 - abril 2025 - 15:20

Líder do União Brasil afirma força de Caiado, mas reconhece ala próxima ao governo Lula


Deputado federal Pedro Lucas (União Brasil-MA)
Deputado federal Pedro Lucas (União Brasil-MA)

O cenário político para as eleições presidenciais de 2026 começa a ganhar forma, e o União Brasil desponta como um partido com desafios internos significativos. Em entrevista à CNN Brasil, o líder da legenda na Câmara dos Deputados, Pedro Lucas Fernandes (MA), reconheceu que há diferentes correntes dentro do partido, refletindo uma diversidade de visões sobre o futuro político da sigla.

Segundo Pedro Lucas, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, é hoje um dos nomes mais fortes dentro do União Brasil para uma eventual candidatura presidencial. “Caiado é um nome muito forte, tem destaque pela sua atuação como governador”, afirmou o parlamentar. A pré-candidatura do goiano já foi lançada oficialmente pela legenda, e ele é visto como uma figura influente no campo da direita.

Apesar da força de Caiado, o deputado pondera que o partido ainda não tem uma definição clara sobre seu posicionamento para 2026. “Temos uma ala do partido que é muito próxima ao governo”, disse, referindo-se ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele citou como exemplos dessa ala o ministro do Turismo, Celso Sabino, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, ambos integrantes do União Brasil.

Essa divisão interna sinaliza que a legenda deverá enfrentar intensos debates nos próximos anos para definir sua linha de atuação nas eleições presidenciais. Pedro Lucas adotou um tom cauteloso ao tratar do tema, enfatizando que ainda é cedo para decisões definitivas. “Eu acho que 2026 tem que ser discutido em 2026”, afirmou.

O deputado também destacou que o foco atual do partido deve ser em pautas concretas que impactam diretamente a população. “É preciso priorizar temas como a redução do preço dos alimentos”, disse. Para ele, o posicionamento eleitoral da sigla deve ser resultado de um processo de construção coletiva e estratégica.

“Tem que ser uma construção”, concluiu Pedro Lucas, ao sinalizar que o União Brasil não descarta nenhuma possibilidade de aliança para 2026, mantendo aberta a porta para diferentes arranjos políticos no futuro.

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