segunda-feira, 30 - junho 2025 - 18:14

Gilberto alerta sobre uso indevido de Monjauro e aguarda melhor avaliação para adquirir no estado


Gilberto-Figueiredo
Gilberto-Figueiredo

A Prefeitura de Cuiabá está avaliando a possibilidade de incorporar o medicamento Monjauro no tratamento de pacientes com obesidade, como parte de uma estratégia para reduzir a demanda por cirurgias bariátricas na rede pública de saúde.

O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, explicou que, embora o Monjauro tenha sido desenvolvido originalmente para o tratamento do diabetes tipo 2, seus efeitos positivos na perda de peso vêm sendo considerados pelas autoridades de saúde no planejamento de políticas públicas.

“É preciso analisar essa questão de forma mais ampla. Embora esses medicamentos tenham sido criados para tratar o diabetes, também apresentam efeitos muito vantajosos no controle de peso”, destacou o secretário.

Segundo Figueiredo, o alto custo do medicamento é atualmente o principal obstáculo para sua adoção em larga escala. No entanto, ele acredita que o uso do Monjauro pode, no médio prazo, reduzir significativamente a necessidade de cirurgias bariátricas, que custam em média R$ 40 mil por paciente.

“O que o Governo do Estado faz neste momento é uma análise aprofundada sobre o custo-benefício da utilização do medicamento, como forma de diminuir a quantidade de pacientes que necessitam de cirurgias eletivas para tratamento da obesidade”, explicou.

A possibilidade de aquisição do medicamento com recursos próprios do Estado ou por meio de emendas parlamentares também está sendo considerada. Segundo o secretário, não há qualquer imposição aos deputados estaduais para direcionamento de emendas para essa finalidade.

“Deixamos os parlamentares totalmente à vontade para decidir. Nenhum programa, salvo o Fila Zero, teve entendimento com o governador para que parte dos valores das emendas fosse obrigatoriamente destinada a isso”, ressaltou.

Gilberto Figueiredo lembrou ainda que o Monjauro ainda não foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) nacionalmente, o que exige cautela por parte do Estado antes de uma possível adoção oficial.

“Estamos em fase de estudos sobre esse medicamento. Caso ele venha a ser incorporado pelo Ministério da Saúde, isso facilitará muito a sua utilização. Até lá, qualquer eventual uso será custeado com recursos próprios do Estado”, concluiu o secretário.

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