segunda-feira, 7 - julho 2025 - 09:19

Emanuel depõe na CPI do Estacionamento Rotativo nesta segunda


Emanuel Pinheiro
Emanuel Pinheiro

O ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), vai depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Estacionamento Rotativo nesta segunda-feira (8), às 14h, no plenário da Câmara Municipal. Ele foi convocado pelo relator da CPI, vereador Dilemário Alencar (União Brasil), para prestar esclarecimentos sobre o contrato de concessão firmado entre sua gestão e a empresa CS Mobi, responsável pela exploração das vagas de estacionamento na capital.

Na tribuna da Casa, nesta quinta-feira (3), Dilemário fez duras críticas ao acordo, apontando que ele pode gerar um prejuízo superior a R$ 1 bilhão aos cofres públicos ao longo dos 30 anos de concessão. O parlamentar comparou o caso ao escândalo do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), considerado um dos maiores rombos financeiros da história de Mato Grosso.

“Esse contrato pode ser comparado ao VLT, pois prevê correções que elevam o valor original de R$ 650 milhões para mais de R$ 1 bilhão. É um absurdo que precisa ser investigado”, declarou o vereador.

Assinado em dezembro de 2022, o contrato autoriza a CS Mobi a administrar até 4 mil vagas de estacionamento rotativo nas vias públicas de Cuiabá, construir o novo Mercado Municipal Miguel Sutil e realizar obras de revitalização no centro da cidade. Para executar esses serviços, a empresa é autorizada a cobrar dos motoristas pelo uso das vagas e ainda recebe repasses mensais da Prefeitura.

“O mais grave é que a concessionária, mesmo sendo privada, cobra da população e ainda recebe dinheiro público. No quinto ano, esse repasse mensal chegará a R$ 1,9 milhão. Isso torna o contrato extremamente vantajoso para a empresa e lesivo aos cofres da Prefeitura”, destacou Dilemário.

O parlamentar também criticou a forma como o contrato foi conduzido. Segundo ele, a antiga gestão omitiu informações e não deu publicidade ao acordo. “Esse contrato foi feito sem transparência. Nem a imprensa, nem os vereadores, nem a população foram informados. Só tivemos acesso aos detalhes depois que o prefeito Abílio Brunini assumiu e revelou o conteúdo”, completou.

Dilemário afirmou que o objetivo da CPI é identificar eventuais irregularidades e esclarecer se houve favorecimento a grupos ou pessoas. “O povo de Cuiabá precisa saber quem se beneficiou desse contrato. Não podemos aceitar mais um prejuízo bilionário como foi o do VLT”, concluiu.

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