- CUIABÁ
- QUARTA-FEIRA, 23 , JULHO 2025
O senador Wellington Fagundes (PL) protagonizou, nesta terça-feira (22), um protesto na Câmara dos Deputados, em Brasília, em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e contra a decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que proibiu reuniões de comissões durante o recesso parlamentar. Durante o ato, os parlamentares da oposição, levantaram uma faixa em apoio ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que taxou o Brasil em 50%.
As sessões, organizadas por deputados do PL, partido de Jair Bolsonaro, tinham como objetivo deliberar moções de apoio ao ex-presidente brasileiro, que, apesar de presença confirmada por aliados, não compareceu à Casa. A bandeira com o nome de Trump foi levantada, durante pronunciamento à imprensa, pelos deputados Sargento Fahur (PSD-PR) e Delegado Caveira (PL-PA). Alguns presentes, no entanto, condenaram o ato. “Tira essa bandeira daqui”, criticou um deputado.
“Ele [Bolsonaro] não quer poder. Ele quer que nós tenhamos um país livre, onde as pessoas tenham direito de ir e vir, de se expressar. Vocês, jornalistas, podem ter certeza: se conseguem hoje calar e prender um ex-presidente da República, deputados, parlamentares, o que será de vocês?”, discursou o senador mato-grossense, em tom de alerta à imprensa.
O presidente da Câmara justificou a proibição citando as reformas em andamento nas dependências da Casa e reforçou que nenhum tipo de reunião deliberativa estava autorizada durante o recesso legislativo. A decisão foi oficializada em ato publicado no Diário Oficial da Câmara.
Parlamentares bolsonaristas, no entanto, alegam perseguição política e classificam a medida como uma forma de censura à atuação da oposição. A coletiva improvisada pelos deputados foi marcada por discursos inflamados e pela tentativa de transformar o cancelamento em símbolo da “luta pela liberdade”.
Taxação
A taxação, que atinge em cheio setores estratégicos como o de carnes, soja, milho, combustíveis e até aeronaves, foi interpretada como retaliação política. Trump usou como justificativa para a medida supostas censuras a redes sociais nos EUA e perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Brasil.
O liberal é investigado por tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Lula, vitorioso nas eleições de 2022. Ele também tem duas condenações que o tornaram inelegível por dois anos. A primeira condenação ocorreu em junho de 2023, quando o ex-presidente foi derrotado por 5 votos a 2 pela reunião realizada com embaixadores, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação. Em outubro do mesmo ano, teve foi considerado culpado por usar as comemorações de 7 de setembro de 2022 para fazer campanha.