- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 27 , NOVEMBRO 2025


Nesta quinta-feira (25), a Microsoft anunciou a desativação de um conjunto de serviços de computação em nuvem e inteligência artificial utilizados por uma unidade do Ministério da Defesa de Israel (IMOD). A medida foi tomada após uma análise interna da empresa, que encontrou evidências que corroboram relatos da mídia sobre um sistema de vigilância em Gaza e na Cisjordânia.
Em comunicado publicado no blog oficial da Microsoft, o presidente Brad Smith afirmou que a empresa “cessou e desativou um conjunto de serviços para uma unidade dentro do Ministério da Defesa de Israel”. Em 15 de agosto, a companhia havia informado o início de uma revisão das alegações.
Smith reforçou que a Microsoft não fornece tecnologia para “facilitar a vigilância em massa de civis”, princípio que é aplicado em todos os países onde a empresa atua.
A revisão realizada pela Microsoft concentrou-se em registros comerciais, demonstrações financeiras, documentos internos e outros dados, sem acesso ao conteúdo armazenado. Um oficial de segurança israelense comentou que “não há danos às capacidades operacionais das Forças de Defesa de Israel (IDF)”.
A decisão da Microsoft ocorre após uma investigação conjunta do jornal britânico The Guardian e da revista israelense +972, divulgada no início de agosto. A apuração revelou que a unidade de inteligência militar de Israel, conhecida como 8200, utilizava o Microsoft Azure para armazenar milhões de chamadas telefônicas feitas por palestinos em Gaza e na Cisjordânia ocupada.