Uma moradora de Cuiabá ingressou com uma ação na Justiça contra o ex-marido, solicitando indenização de R$ 20 mil por danos morais, após descobrir uma traição ocorrida em 2021. Segundo a autora, a infidelidade foi exposta publicamente de forma vexatória, o que teria causado intenso sofrimento emocional e agravado um quadro de depressão já tratado desde 2015.

A juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 4ª Vara Cível de Cuiabá, reconheceu que o processo está apto para prosseguir e determinou que ambas as partes apresentem as provas que desejam produzir, como testemunhas ou laudos periciais.

Em sua decisão, a magistrada destacou que caberá à autora comprovar que houve exposição pública humilhante, que a conduta do ex-marido agravou sua saúde mental e que os danos ultrapassaram o mero aborrecimento causado pelo término do relacionamento.

A defesa do réu, por sua vez, alega que não foi ele quem divulgou a traição e que não há relação direta entre sua conduta e o sofrimento alegado pela ex-esposa. Também sustenta que o quadro de depressão da autora é preexistente e não está vinculado à situação descrita.

Com o andamento processual autorizado, o caso seguirá para a fase de produção de provas, antes da sentença final.