- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 27 , NOVEMBRO 2025


O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), reforçou nesta sexta-feira (10) a necessidade de ampliar e efetivar políticas públicas de prevenção e enfrentamento à violência contra a mulher no estado. A declaração marca o Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher, celebrado na mesma data.
“Mato Grosso registra números preocupantes, que demonstram a urgência de unirmos forças — sociedade civil e poderes públicos — para combater, de forma efetiva, a violência contra as mulheres. As políticas públicas precisam sair do papel e se transformar em resultados concretos, proteção real e plena garantia de direitos”, afirmou Russi.
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, Mato Grosso liderou, em 2024, o ranking nacional de feminicídios pelo segundo ano consecutivo, com 47 mulheres assassinadas. O cenário permanece alarmante em 2025: entre janeiro e junho, o Ministério Público Estadual já contabiliza 27 feminicídios, o que representa um aumento de 42% em relação ao mesmo período de 2024, que teve 19 casos.
Outros dados do Observatório da Segurança Pública revelam a gravidade da situação. Somente em 2024, foram registradas mais de 19 mil ameaças, 9,2 mil casos de lesão corporal, 5,7 mil injúrias e 2,1 mil ocorrências de danos emocionais contra mulheres. Esses números não incluem outras formas de violência, como assédio sexual, violação de domicílio e importunação.
“Cada estatística representa uma vida perdida, uma família destruída, um alerta ignorado. A violência contra a mulher não pode ser tratada com descaso ou burocracia”, criticou o parlamentar.
Ações no Parlamento
Na Assembleia Legislativa, Max Russi tem defendido maior fiscalização e acompanhamento das políticas públicas já existentes. Um exemplo é o Requerimento nº 548/2025, aprovado em setembro, que solicitou ao Governo do Estado informações detalhadas sobre leis, programas, projetos e ações voltadas ao combate à violência contra a mulher.
Entre as soluções apontadas pelo deputado estão a integração entre os entes públicos, capacitação de profissionais, fortalecimento das redes de acolhimento e um sistema de segurança e justiça mais eficiente.
“Precisamos de coragem, firmeza e perseverança para garantir que mulheres vivam com dignidade, respeito e plena atenção aos seus direitos. Não admitiremos retrocessos”, concluiu.