O vereador Rafael Ranalli (PL) se manifestou em defesa da gratificação de R$ 9,1 mil recebida pelos parlamentares da Câmara Municipal por desempenho e participação em comissões. Segundo o parlamentar, o benefício já está previsto na estrutura da Casa e não foi aprovado durante sua legislatura.

“Eu acho que a gratificação é somada ao salário, né? E é uma coisa que já tá aprovada aqui, não foi votado na minha legislatura. Já consta aqui, então já existe, acho que complementa, né, conforme a participação em comissões e presença em plenário. Eu acho que isso aí já foi pacificado na legislatura anterior”, declarou Ranalli.

Críticos apontam uma contradição entre a defesa do benefício aos parlamentares e a proposta de corte no financiamento do Carnaval sob o argumento de redução de despesas.

Isso porque, o parlamentar é autor de um projeto de lei que busca vetar investimentos públicos no Carnaval pelos próximos 4 anos. Ao apresentar a proposta, o vereador defendeu a necessidade de contenção de gastos pela prefeitura.

No entanto, apesar do discurso, Ranalli recebe, além do salário de R$ 26 mil, um auxílio-saúde de R$ 3,1 mil. Outros repasses incluem a verba de desempenho de atividade em comissão, no valor de R$ 9,1 mil, e a Verba Indenizatória de R$ 26,4 mil. Com essas quantias, o custo mensal de cada vereador chega a R$ 64 mil.

O liberal pontuou que novos “penduricalhos” não devem ser aprovados, mas defendeu as verbas que recebe atualmente. “O que eu falo é agora a gente não aprovar nada nesse sentido, que ficaria até vergonhoso para a Casa daqui para frente. Até, eu digo, pensar em qualquer coisa nesse sentido”, afirmou.