A possível utilização de recursos públicos por políticos de Mato Grosso para participar do ato promovido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no Rio de Janeiro, gerou debate na Assembleia Legislativa do estado (ALMT). O evento, ocorrido no último domingo (16) na praia de Copacabana, teve como pautas a anistia dos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 e o movimento “Fora Lula”.

Nesta quarta-feira (19), o presidente da ALMT, deputado Max Russi (PSB), afirmou que, caso tenha ocorrido o uso de verbas públicas, os responsáveis podem ser enquadrados por improbidade administrativa. “Quero acreditar que não tenha havido recursos públicos envolvidos nesta viagem, porque isso não pode. Se por ventura fizeram isso, cometeram um erro”, declarou.

A discussão ganhou força após o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) apresentar um requerimento solicitando informações sobre uma possível utilização de recursos estaduais pelo governador Mauro Mendes (União) para comparecer ao ato. O requerimento, contudo, foi rejeitado pelos parlamentares.

Em contrapartida, o deputado estadual Eduardo Botelho (União) minimizou a polêmica e classificou o requerimento de Lúdio como uma ação “politiqueira”. Segundo ele, a questão não deveria ser tratada como prioridade no parlamento. “Não vejo isso como uma discussão importante. Acho que o governador pode usar recursos para eventos e viagens, pois faz parte da visibilidade política”, argumentou.

O debate sobre o uso de verbas públicas para fins políticos segue gerando controvérsias na ALMT.