O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), criticou a decisão da Assembleia Legislativa do Estado (ALMT) de derrubar seu veto à proposta que permitia a instalação de mercadinhos nas unidades prisionais. Com a revogação do veto, Mendes afirmou que é importante identificar os 13 deputados que votaram a favor da medida, referindo-se a eles de forma irônica: “13 caboclos que defendem mercadinho para bandido”.

O governador, que havia vetado a proposta alegando que a instalação desses estabelecimentos poderia fortalecer facções criminosas, destacou que o Estado já fornece os itens essenciais aos detentos e que os mercadinhos ofereciam produtos supérfluos como chocolates, Nutella e açaí, o que, segundo ele, comprometeria a segurança nas unidades prisionais.

Em resposta à decisão da ALMT, o Governo do Estado anunciou que recorrerá à Justiça para tentar reverter a autorização dos mercadinhos. A administração estadual argumenta que já cumpre as exigências legais ao fornecer os itens necessários para os presos e considera que a criação dos mercadinhos não é justificável, já que atendem aos requisitos para suprir as necessidades básicas da população carcerária.

A legislação federal permite a instalação de unidades comerciais em prisões apenas quando o Estado não consegue atender plenamente as necessidades dos detentos, algo que, segundo o governo de Mato Grosso, não se aplica no caso atual.