A deputada estadual Janaina Riva (MDB) disse que o Palácio Paiaguás antecipou o embate político para as eleições de 2026 ao comentar sobre o distanciamento entre ela e o governo de Mato Grosso.

De acordo com a parlamentar, a relação passou a ser estremecida desde a eleição para a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), onde as articulações, segundo ela, a deixaram de fora da composição.

“Essa situação toda, as perseguições, aqui na Mesa, a eleição da Mesa Diretora, toda a imprensa acompanhou o que aconteceu. Eu já tinha as 15 assinaturas, a eleição foi tomada. Tudo aquilo lá eu superei, não falei nada, saí em silêncio desse processo, não falei mal de ninguém, não critiquei ninguém”, disse.

A declaração foi dada na última quarta-feira (30), nos corredores da Assembleia Legislativa (ALMT), após a parlamentar tecer duras críticas ao chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União).

Janaina afirmou que o afastamento não partiu dela e atribuiu a tensão ao momento em que anunciou a intenção de disputar uma vaga ao Senado, cadeira que também é deseja pelo governador Mauro Mendes (União). Segundo a emedebista, sua pré-candidatura provocou desconforto no grupo governista, que teria iniciado um processo de isolamento político.

“Quando decidi ser candidata a senadora, em nenhum momento cogitei ser adversária do governador. Mas é claro que todos nós queremos crescer politicamente. Não quero viver deputada estadual. Eu já cumpri minha missão na Assembleia, e isso encerra um ciclo”, declarou.

A parlamentar alegou que críticas e posicionamentos que antes eram tolerados, passaram a ser malvistos após seu anúncio. Como exemplo, citou a oposição à proposta de expropriação de propriedades invadidas, tema que já vinha debatendo em anos anteriores. “Antes não incomodava, agora incomoda”, disse.

Janaina denunciou ainda perseguições políticas, como exclusão de reuniões estratégicas e tentativas de minar sua atuação parlamentar. “É uma forma de tentar diminuir minha atuação como deputada. Não me resta alternativa a não ser tornar público tudo isso que estou passando”, pontuou.

A deputada também relembrou o episódio da eleição da mesa diretora da ALMT, quando teve sua candidatura barrada apesar de já contar com o apoio necessário.

Por fim, Janaina garantiu que adotará todas as medidas legais para garantir seu mandato e atuação. “Nós não vamos tolerar esse tipo de comportamento. Vai virar um cabo de guerra desnecessário e na hora errada”, concluiu.