quinta-feira, 24 - julho 2025 - 15:46

Buzetti pede fim do bolsonarismo e nova direita em 2026: “Ninguém é dono da direita”


Senadora Margareth Buzetti (PSD)
Senadora Margareth Buzetti (PSD)

A senadora Margareth Buzetti (PSD) defendeu nesta quarta-feira (23) o fim do bolsonarismo e cobrou que a direita construa uma nova liderança para disputar a Presidência da República em 2026. Buzetti criticou políticos que “esbravejam” em defesa do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), classificando-os como radicais, e posicionou-se como representante de uma “verdadeira direita”.

“Minha vida inteira fui de direita, trabalhei, gerei empregos e renda. Posso, sim, falar em nome da direita. Agora, esses radicais que estão aí esbravejando em nome de Eduardo Bolsonaro e que não se preocupam com a saúde fragilizada do próprio Bolsonaro não representam o caminho”, afirmou a senadora em entrevista à Jovem Pan.

A declaração, na qual Buzetti chamou Eduardo Bolsonaro de “moleque”, gerou repercussão nacional e críticas de bolsonaristas. O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) respondeu chamando a senadora de “vergonha de Mato Grosso”. Em defesa, Buzetti reforçou seu posicionamento e defendeu o fim da polarização entre petistas e bolsonaristas.

“O que puder fazer para que a direita se reorganize, estarei junto para que em 2026 tenhamos um cenário diferente do atual. Não aguento mais essa polarização entre Lula e Bolsonaro. O Brasil é maior do que isso”, declarou.

Buzetti também ressaltou a necessidade de a direita adotar uma estratégia clara e apontou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como uma alternativa para a disputa presidencial. “Ninguém é dono da direita ou da esquerda. Os dois extremos se encontram, agem do mesmo jeito, sem pensar nas consequências. A direita precisa ter uma estratégia”, afirmou.

Enquanto isso, Eduardo Bolsonaro, licenciado do mandato, está nos Estados Unidos tentando convencer o governo de Donald Trump a sancionar autoridades brasileiras — em especial o ministro Alexandre de Moraes — como condição para seu retorno ao Brasil. Em resposta, Trump anunciou tarifa de 50% sobre exportações brasileiras, condicionando a suspensão da medida à revogação das sanções.

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