- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 24 , ABRIL 2025
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta terça-feira (25) uma ordem executiva com o objetivo de reforçar a segurança das eleições no país. A medida inclui uma proposta de adicionar uma pergunta sobre cidadania no formulário de votação federal e a suspensão de financiamentos para estados que não adotarem “medidas razoáveis para garantir a integridade das eleições”, conforme afirmou Will Scharf, secretário da Casa Branca.
Ao assinar o decreto, Trump comentou sobre a fraude eleitoral, dizendo: “Todos já ouviram falar sobre fraude eleitoral. Vamos acabar com isso, espero. Isso ajudará bastante”. Ele também indicou que o governo tomará novas ações nas próximas semanas para combater práticas fraudulentas. “Algumas pessoas podem achar que eu não deveria reclamar, já que vencemos de forma esmagadora, mas precisamos corrigir nossa eleição. Este país está doente por causa das eleições falsas, as eleições ruins. Vamos corrigir isso de qualquer maneira”, afirmou.
Brasil como exemplo no decreto
No texto do decreto, publicado pela Casa Branca, os Estados Unidos citam o Brasil como exemplo de um país que implementou medidas eficazes de proteção eleitoral. O documento destaca que, apesar da tradição de autogoverno nos EUA, o país falha em adotar proteções eleitorais básicas utilizadas por outras nações, incluindo aquelas em desenvolvimento. “Índia e Brasil, por exemplo, vinculam a identificação do eleitor a um banco de dados biométrico, enquanto os Estados Unidos ainda dependem amplamente da autocertificação para a cidadania”, aponta o texto.
O decreto também compara as práticas eleitorais dos EUA com as de países como Alemanha, Canadá, Dinamarca e Suécia. Em relação à contagem de votos, o documento cita que Alemanha e Canadá exigem o uso de cédulas de papel, que são contadas publicamente por autoridades locais, o que reduz significativamente as disputas eleitorais, em contraste com o sistema dos EUA, que depende de métodos variados que podem gerar problemas de cadeia de custódia. O texto também critica o sistema de votação por correio, utilizado em muitas eleições americanas, e destaca que países como Dinamarca e Suécia restringem essa modalidade a eleitores que não podem votar presencialmente, além de não aceitarem cédulas postadas após o dia da eleição.
O decreto assinado por Trump reflete sua contínua preocupação com a integridade das eleições nos Estados Unidos, propondo medidas inspiradas em práticas internacionais para aumentar a segurança e a transparência no processo eleitoral.