- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 24 , ABRIL 2025
A Casa Branca causou confusão nesta terça-feira (15) ao divulgar um comunicado informando que a China enfrentaria tarifas de até 245% devido a ações retaliatórias do país asiático. O documento inicial não detalhava como esses números foram calculados, mas foi rapidamente atualizado para esclarecer que a taxa de 245% seria aplicada a produtos específicos.
A versão revisada explicita que a tarifa inclui uma recíproca de 125%, uma tarifa de 20% para lidar com a crise do fentanil e tarifas de 7,5% a 100% sobre produtos específicos, conforme a Seção 301 da Lei de Comércio. Esta seção visa combater práticas comerciais desleais, incluindo questões relacionadas à transferência de tecnologia, propriedade intelectual e inovação, especialmente em setores estratégicos, como tecnologia, robótica, veículos de nova energia e aviação.
O comunicado também detalha que as tarifas visam “nivelar o campo de atuação” e proteger a segurança nacional dos EUA, alinhando-se à política econômica do governo Trump. A medida ocorre após a escalada da guerra tarifária entre os Estados Unidos e a China, com ambos os países impondo tarifas recíprocas sobre uma série de produtos, incluindo uma tarifa inicial de 34% imposta pelos EUA sobre os produtos chineses.
O governo chinês respondeu, aumentando suas tarifas sobre produtos dos EUA, e o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, afirmou que os detalhes das tarifas deveriam ser questionados diretamente ao governo dos EUA. A disputa comercial entre as duas potências continua a gerar tensão, com o governo de Trump reiterando sua disposição para negociar, embora deixando claro que a decisão está nas mãos da China.
Em 2 de abril, o governo dos EUA anunciou tarifas de 10% sobre produtos de mais de 180 países, além de tarifas adicionais para nações com os maiores déficits comerciais, como a China. Desde então, mais de 75 países buscaram negociar acordos para reduzir as tarifas, e Trump anunciou uma “pausa” nas tarifas recíprocas, mantendo uma taxa de 10% para os próximos 90 dias, exceto para a China, que permanece alvo das tarifas mais elevadas.