- CUIABÁ
- SÁBADO, 26 , JULHO 2025
O número de famílias endividadas em Cuiabá aumentou 0,2 ponto percentual em abril, alcançando 83,8% do total, em comparação com o mês anterior. A pesquisa, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), também revelou uma diminuição no percentual de famílias consideradas “muito endividadas”, que passou de 10,5% em março para 8,1% em abril.
O levantamento ainda apontou que 14,7% das famílias com renda média superior a 10 salários mínimos estão livres de dívidas desse tipo, contra 16,4% entre as que ganham menos de 10 salários. A média total de famílias sem dívidas ficou em 16,2% em abril, uma leve redução em relação aos 16,4% registrados no mês anterior.
No que diz respeito à inadimplência, houve uma leve melhora: o índice de famílias com dívidas em atraso caiu de 18,4% em março para 18,2% em abril. No entanto, o número de inadimplentes que não têm condições de quitar suas dívidas aumentou em 0,1%, passando para 4,3% do total de inadimplentes. Em números absolutos, isso representa aproximadamente 8,9 mil famílias, de um total de 37,9 mil inadimplentes em Cuiabá. José Wenceslau de Souza Júnior, presidente da Fecomércio-MT, destacou que a diminuição do número de famílias com contas em atraso é ainda mais significativa quando comparado ao ano passado. “A melhora da situação financeira reflete no pagamento das contas em atraso entre os cuiabanos, e para as famílias que ainda não conseguiram pagar, a situação também apresenta evolução no comparativo anual”, afirmou.
O levantamento revelou que o cartão de crédito segue como o principal tipo de dívida, presente em 82% dos casos, seguido pelos boletos (24,6%). Os financiamentos de carro representam 5,3% do total, enquanto os de casa somam 3,7%. Outros tipos de crédito incluem o consignado (2,3%), o pessoal (2,8%) e o cheque especial (0,6%).
A pesquisa também revelou que 25,1% dos entrevistados estão comprometidos com dívidas por um período de 3 a 6 meses, e 68% dos endividados têm entre 11% e 50% da renda comprometida. Quanto à quitação das dívidas em atraso, 50,3% dos entrevistados acreditam que conseguirão pagar parcialmente no próximo mês, enquanto 26,3% afirmam que quitarão totalmente.