O deputado estadual Faissal Calil (PL) se pronunciou em plenário nesta quarta-feira (18) para reforçar o posicionamento que já havia publicado em suas redes sociais a respeito das investigações da Polícia Civil, que apuram um suposto esquema de superfaturamento na execução de emendas parlamentares em Mato Grosso.

Citado em reportagens sobre a investigação, o parlamentar negou qualquer envolvimento direto no caso.

“Saiu a notícia no UOL informando que a Polícia investiga um suposto superfaturamento na compra de kits agrícolas e cita, simplesmente, 14 deputados. Quero deixar claro que não sou réu, indiciado, investigado nem alvo de qualquer operação. A função do deputado é apenas destinar a emenda; a execução, contratação e pagamento são de responsabilidade da secretaria competente”, declarou Calil.

Prejuízo estimado e questionamento à investigação

As investigações, iniciadas em 2024, apontam que um grupo de parlamentares teria causado um prejuízo de cerca de R$ 28 milhões aos cofres públicos, por meio de emendas destinadas à aquisição de kits agrícolas. Entre os citados, estão 14 deputados estaduais.

Faissal criticou o trabalho da delegada responsável pelo caso, a quem acusou de apresentar um levantamento “leviano” ao sugerir possível favorecimento de familiares de parlamentares com os kits adquiridos.

“A delegada citou que deputados, entre eles eu, destinaram emendas para um instituto que atuou em cidades onde familiares foram beneficiados. Eu desafio publicamente que ela comprove isso. Quero que venha aqui e prove que minha irmã, Paula — que foi candidata em Cuiabá — entregou algum kit. Isso não ocorreu”, afirmou.

Apoio à apuração dos fatos

Apesar das críticas, Faissal disse apoiar as investigações e afirmou que é fundamental que os recursos públicos sejam aplicados corretamente.

“Pra concluir, quero deixar claro que apoio a investigação. Que a verdade venha à tona, que o dinheiro público seja usado da melhor forma possível e que chegue na ponta, para quem realmente precisa”, completou o parlamentar.