O novo secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Mark Rutte, afirmou nesta quarta-feira (25) que a aliança, incluindo os Estados Unidos, está “totalmente comprometida” em manter o apoio à Ucrânia na guerra contra a invasão russa.

A declaração foi feita durante a cúpula da Otan realizada em Haia, na Holanda, que reuniu os líderes das 32 nações-membros. No encontro, os países endossaram a meta de elevar os investimentos em defesa para 5% do PIB até 2035 — uma resposta direta às pressões do ex-presidente dos EUA Donald Trump e aos temores crescentes na Europa sobre a escalada da ameaça representada pela Rússia.

“Nenhum país da aliança é ingênuo em relação à Rússia. Todos compartilham mais ou menos a mesma avaliação sobre os riscos”, declarou Rutte, ex-primeiro-ministro da Holanda, em coletiva de imprensa realizada em sua cidade natal.

O secretário-geral reconheceu que a meta representa um desafio orçamentário para as nações europeias e o Canadá, mas enfatizou que o cenário de segurança internacional exige esse esforço.

“Meus colegas à mesa estão absolutamente convencidos de que, diante da ameaça russa e da atual conjuntura global, não há alternativa. É vital investir mais em nossa defesa coletiva”, completou.

A ampliação dos gastos e o reforço no compromisso com a defesa mútua refletem a preocupação da Otan com o prolongamento do conflito na Ucrânia, iniciado em 2022, e com o fortalecimento das capacidades militares da aliança frente a possíveis novos desdobramentos.